quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Pereira: uma terra sem alma

Parabéns Basílio Rasteiro pelo seu texto.

Pela coragem. Pelo arejamento. Pela frescura e frontalidade.

O seu artigo de opinião, que hoje vem publicado num diário da cidade do conhecimento, revela a sua permanente e grande atenção, enorme carinho pelo torrão que o viu nascer e que, ao contrário de muitos que se julgam iluminados, esses que menosprezam, ignoram e abjectam os simples, é a nossa Vila a sua escolha para viver, ao invés dalguma dessa gente.

Manifesta profundas mágoas, mágoas essas que nós, desde há oito anos, andamos aqui a carpir.

Andamos há oito anos a identificar problemas, a apontar soluções, mas também a sublimar, tal como o fez no seu texto de hoje, os Pereirenses que, tanto cá, como pela diáspora, são dignos de menção pelos seus feitos.

Basta ler, mas como um outro olhar, parte das nossas publicações e verá que os problemas, os anseios, o reconhecimento do mérito de muitos concidadãos, aquilo que verteu no seu artigo de opinião, há já muito que foram objecto da nossa atenção.

Endereçamos-lhe, a terminar, o nosso pedido de desculpas por utilizarmos nesta publicação o mesmo título que deu ao seu texto.

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O Grupo Folclórico e as suas Bodas de Ouro

Se por ocasião das comemorações do XXX aniversário do Grupo Folclórico, foi publicada a pequena monografia com 28 páginas, cuja capa reproduzimos acima, como será agora nas Bodas de Ouro?

Esperamos que o labor, o espirito de equipa e a firme e convicta vontade do regresso deste Grupo aos seus anos dourados, vontade essa sublimada publicamente, não se fiquem apenas pelas intenções e que falem mais alto, sejam mais consistentes, do que certas posturas já vistas nalgumas poses fotográficas, reveladoras de que o provincianismo de antanho ainda é nota dominante por estas bandas!

"Imaginar e desassossegar" eram os lemas da acção da política cultural de há vinte anos no nosso concelho e, veja-se a coincidência, a cor dominante da altura, como agora, é o rosa, mas neste novo tempo, está muito menos viçosa!

P.S. -  Há vinte anos a edição foi a cores e multilingue: português, francês e inglês.

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A nossa epifania!




Hoje é dia 6 de Janeiro.


Dia de Reis ou da Epifania.


Como a tradição da espera dos Reis, na nossa Vila, já pertence ao século passado e só mais velhos têm uma recordação muito difusa da mesma, nada como trazer ao conhecimento que, este dia 6 de Janeiro, é também conhecido como o dia da Epifania.

Ora, Epifania, é uma súbita sensação de entendimento ou compreensão da essência de algo. Também pode ser um termo usado para a realização de um sonho com difícil realização.
O termo é usado nos sentidos filosófico e literal para indicar que alguém "encontrou finalmente a última peça do quebra-cabeças e agora consegue ver a imagem completa".
Este termo ainda é aplicado quando um pensamento inspirado e iluminante acontece, que parece ser divino em natureza (este é o uso em língua inglesa, principalmente, como na expressão "I just had an epiphany", o que indica que ocorreu um pensamento, naquele instante, que foi considerado único e inspirador, de uma natureza quase sobrenatural).
Mas como hoje também é Dia de Reis, quem sabe se os Magos que seguiram a estrela de Belém, não trazem algo mais do que o habitual ouro, incenso e mirra, como por exemplo jerricans com gasóleo para que os veículos dalgumas instituições da Vila não fiquem parados em plena via por falta de combustível?
A imagem acima traduz aquela que é a nossa epifania.

Epifania
(grego epifáneia, -as, aparição, manifestação)
substantivo feminino
1. [Religião] [Religião] Manifestação de Jesus aos gentios, nomeadamente aos Reis Magos.
2. [Religião] [Religião] Festa religiosa cristã que celebra essa manifestação. = DIA DE REIS
3. Qualquer representação artística dessa manifestação.
4. [Religião] [Religião] Aparecimento ou manifestação divina.
5. Apreensão, geralmente inesperada, do significado de algo.
in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa


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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Feliz Ano Novo


Antes de mais, os nosso votos de excelente ano novo!

Escolhemos a imagem acima para, neste dia, sublimar a diáspora, esse substantivo feminino que, num qualquer dicionário de língua portuguesa, significa a dispersão de um povo ou de alguns dos elementos de uma comunidade.

Mas a escolha da palavra diáspora, não foi inocente, não por ser uma "palavra de sete e quinhentos", vulgarmente conhecida por palavra cara, como em tempos de antanho se referiam a termos menos utilizados no linguajar comum.

Diáspora foi palavra adequada para a mensagem que escolhemos para passar, para que, em conjunto com aqueles que cá vivem e com os demais Pereirenses que estão espalhados pelas quatro partidas do Mundo, mutuamente, encontremos um futuro diferente para a nossa Vila, sem opacidades, sem nebulosas, nem truques de algibeira, cartas na manga ou silêncios comprometidos ou comprados.

Queremos uma Vila onde o cinismo e a palmadinha nas costas sejam abolidas, em definitivo e, olhos nos olhos, possamos falar com verdade, falar de futuro, sem criar falsos e frágeis pedestais, quais câmaras amplificadoras de alguns egos (esgotadíssimos, de obesidade mordida, outros fora de prazo), egos esses imbuídos numa cegueira cultural e ideológica, com fortes laivos medievais atrozes.

Depois, andamos a chorar sobre o leite derramado, abominando a nossa má sorte, a nossa má localização geográfica (amaldiçoada margem esquerda!) mas, é tão recorrente, quiçá, o nosso handicap, mas às vezes somos nós que nos pomos a jeito, somos nós que procuramos a dita má sorte, porque a cultura, o tacto, a diplomacia e algumas das elementares regras de uma sociedade livre e democrática, ficaram lá trás, foram apagadas da memória de uma enorme fatia da nossa população outras, pura e simplesmente, foram subvertidas.

Estamos no nosso de fim de linha social, num abismo atroz, parecemos ter regressado à idade das trevas.

Às referências da gente, da movida dos anos 80 e 90 - duas décadas, cujo seu brilhantismo está gravado com letras douradas no livro de história da nossa Vila - sucederam-se meia-dúzia de imberbes, de gente sedenta de poder, sem formação cívica e cultural, sem perceber das tarefas hercúleas que a Vila precisava, dos enormíssimos desafios que se lhe deparavam, sobretudo na viragem do século, empurrando, cada qual, com o seu umbigo, à sua maneira, com egos sobredimensionados, derivado a fermentos socioculturais, outros económicos, balofos e putrefactos.

Hei-nos, passados 15 anos, chegados ao fim de linha.

Estamos abaixo de limiar do razoável, do aceitável, do perdoável.

Somos alvo de chacota, propiciamos risinhos e comentários depreciativos, jocosos.

Por quanto mais tempo mais, vamos continuar a comportarmo-nos e a deixarem que nos tratarem como os bobos do nosso concelho? 

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