quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mensagem número 500

Chegámos hoje à mensagem número 500.
Calhou a uma quinta-feira, porque assim o quisemos, mas também porque daqui a precisamente um mês se realizam as eleições autárquicas na Vila de Pereira.
Também não deixa de ser curioso que esta mensagem surja no ano em que comemoramos os 500 anos do Foral Manuelino.

Não parece, mas já cá andamos há 5 anos a tentar mexer nas vossas adormecidas consciências.
Pelos vistos ainda não o conseguimos acordá-las!
Porquê?
Porque parecemos cada vez mais anestesiados, interessados em comprar ou inventar guerras e guerrinhas, com interesses vis e mesquinhos, prenhes de balofices, onde só conta a imagem, não a substância

Cada vez mais reina o compadrio bafiento, os silêncios comprometedores,  abafados e comprados, comprados pelo forte dever de obediência, onde a coluna vertebral está cada vez mais curvada, com jogos de cintura e mutações de pensamento, como da noite para o dia, só para servir interes$es pessoais, mas sempre em busca de uma réstia de poder, com os fracos mais fracos e os fortes mais fortes, não vá perder-se o status quo que grassa como uma erva daninha, na já mui débil sociedade de Pereira, completamente enferma, numa agonia lancinante, num quase gemido de morte.

Interessa, caso não haja lugar, criar espaços e contra-espaços para obter poder, obter visibilidade, criar ainda mais divisionismos, para deixar de ser criado e passar a ser o patrão e, com esse poder, utilizar um não-convite para um simples evento, numa arma de arremesso político e social, que melhor válvula de escape para pessoas frustradas, que vivem em permanência juras de vingança, onde os seus ódios pessoais são mascarados atrás de um largo sorriso acompanhado de uma palmadinha nas costas.

Façam um favor a vós mesmos: depois de lerem este texto, parem e olhem à vossa volta e vejam como está a Vila de Pereira!
Se disporem ainda de mais um bocadinho de tempo, dêem uma vista de olhos pelas outras 499 mensagens e vejam como parámos no tempo.
Muitos dos nossos alertas, das mensagens que escrevemos, das imagens que montámos - em tantas sessões Brainstorming da nossa equipa - continuam duma actualidade confrangedora, atroz, que só nos envergonha.

A Vila de Pereira revela uma enormíssima falta de visão, um baixíssimo nível cultural, desunida até mais não, às vezes sem um pingo de humildade, nem respeito pelo seu passado.
Em plena segunda década do século XXI,  o feudalismo, que não foi mais do que um modo de organização social e político vigente na Idade Média, ainda tem uma inusitada força no tecido social pereirense, quer do lado de cá, quer do lado de lá!

Quo Vadis Pereira?

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